Criado em agosto de 2019, o Favela Vertical surgiu a partir de uma experiência  da formação de Rafael Oliveira, 23, como produtor cultural. Rafael diz que a necessidade de mudança da comunidade em que mora, era algo extremamente urgente e por isso ele teve que começar a agir, numa tentativa de mudar os paradigmas. 

Localizado no Gardênia Azul, bairro da zona oeste do município do Rio de Janeiro, o coletivo tem como lema gerar novas oportunidades para o bairro através da educação. Lá, oficinas e cursos são oferecidos para os jovens moradores. Segundo Rafael, é uma chance desses jovens criarem as próprias narrativas através de novas experiências e oportunidades. 

Vale ressaltar que todo o trabalho feito pelo coletivo é de forma voluntária e conta atualmente com cerca de 70 pessoas envolvidas, como professores, alunos, comunicadores, designers, entre outros. 

A princípio, a pandemia paralisou o trabalho do coletivo por semanas.  A exemplo das aulas do pré-vestibular, que leva o nome da escritora Conceição Evaristo, e foram interrompidas ainda na primeira semana. “Até que começou a surgir muitas e muitas mensagens sobre o mundo desabando aos nossos pés e nosso povo passando fome. Decidimos então, atender os nossos com cestas básicas, kits de higiene e máscaras. Como muitas organizações de favelas também fizeram. E em três meses, atendemos mais de 1500 famílias.” relata o idealizador do coletivo. 

Numa reunião, a equipe então discutiu como continuar o trabalho mesmo nesse momento delicado, e gerar novas formas de conhecimento. “Foi feito então um levantamento simples pela comunidade de possibilidade de uso do celular ou computador, além do acesso a Internet, e concluímos que era possível educar a distância.” pontua Rafael. 

As aulas do pré-vestibular retomaram um mês depois da paralisação, de forma online também. Estava programada para o início deste mês a 1ª Semana de Profissões, que teve que ser interrompida e adiada por conta de ataques coordenados. Passado o inconveniente, hoje, dia 11 de Agosto acontecerá o evento, você poderá fazer sua inscrição clicando aqui . Profissionais de diferentes áreas foram convidados para compor as mesas que tem como objetivo apresentar para jovens estudantes,  alguns cursos e profissões. 

Oficinas Online

Com temas diversos, e contando com a ajuda de parceiros, as mini oficinas online começaram a ser ofertadas com a intenção de formar pessoas para novas formas de adquirir conhecimento, e possivelmente, um suporte financeiro. 

As oficinas têm acontecido pelo Google Meet, que é um serviço de comunicação por vídeo. A intenção é que, apesar de online, as oficinas funcionem numa metodologia de máxima aproximação com os inscritos, que tem um número reduzido, fazendo com que o conteúdo flua melhor, sendo possível uma maior interação. 

Profissionais como o jornalista Tiago Rogéro, a Ilustradora Tay Cabral, e a cientista da computação Nina da Hora, já ministraram mini oficinas. No dia 14 de julho, Duda Almeida ministrou uma mini oficina como tema “Como criar conteúdo pra internet”, que em 22 horas bateu recorde de inscrições. 

A jovem de 23 anos é nascida e criada na Cidade de Deus. Sempre compartilhando seus pensamentos sobre empoderamento e autocuidado no mundo da moda e beleza, conseguiu alcançar visibilidade nas redes sociais virando uma digital influencer, além de ser modelo. 

Em 2017 recebeu o convite para ser embaixadora de uma famosa marca de produtos capilares. Se tornando uma referência, nesse mesmo ano, Duda recebeu o prêmio de Influenciadora Social contra o Racismo, pela prefeitura do Rio e o Instituto Zumbi dos Palmares. 

Como se Inscrever?

Todas as informações sobre as mini oficinas ofertadas, dias, horários e inscrições, são fornecidas nas redes sociais do coletivo. Basta acessar o twitter ou o instagram e ficar por dentro.

Bastidores do FP

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