Nesta quinta-feira (11) acontece a quarta edição do Festival Slam das Pretas no Espaço Lusófono, com transmissão ao vivo no canal Slam das Pretas no YouTube, às 20h. O evento se divide em três dias seguidos, com apresentações e falas de poetisas, comunicadoras e  historiadora de 4 países – Angola, Brasil, Colômbia e Moçambique – em uma mesma cena de troca de afetos, música e poesia.  

O festival reúne 30 artistas nos 3 dias consecutivos de apresentações (11, 12 e 13), sempre com início às 20h e término previsto para as 22h. Entre as atrações confirmadas estão Bixarte, Adelaide e também Bia Ferreira.

O formato do evento visa homenagear em cada um dos 3 dias uma personalidade importante do movimento de mulheres negras. O primeiro dia traz Lélia Gonzalez como inspiração; o segundo dia homenageia  Carolina Maria de Jesus e para o terceiro dia, Xica Manicongo. 

O festival consiste em apresentações de poesias faladas, além de rodas de conversa com as participantes, com a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre as vivências das convidadas na cena da cultura. Também são esperadas atrações musicais, intercaladas com poetisas, construindo uma atmosfera de manifestações artísticas femininas, negras e potentes.

Arte como aliada da saúde

Jessica Preta, poetisa e coordenadora do projeto social Batalha do Pedregal e do Slam das pretas, foi uma das tantas pessoas que conhecemos durante o desenvolvimento do #MapaCoronaNasPeriferias e nos conta que foi no cenário de pandemia que o festival se tornou viável, através  da iniciativa autônoma e da Lei Aldir Blanc de Emergência Cultural. 

“A iniciativa de começar a produzir as batalhas online de poesia começou no Pedregal, ainda no início da Pandemia. Criamos formas diferentes de produzir conteúdo e manter a arte viva conosco. Daí veio o estudo da cultura viva e a Lei Aldir Blanc, que foi essencial para gente ter esse acesso e recurso, nos permitiu melhorar nossa qualidade de produção e também receber pelo trabalho como agente cultural”. 

Além disso, Jéssica também afirma a importância de construir uma cena entre mulheres negras e homenagear essas personalidades. “Vem justamente da falta de espaço que permeia nossas potências. Nossa arte precisa ser vista, lida e ouvida. Esse encontro é antes de tudo lugar de dengo, aconchego e luta. A poesia slam é feita de angústia mas também de afeto, a melhor ocasião para homenagear as mulheres e lutar para que suas memórias sejam mantidas vivas”, conclui.

O Festival Slam das Pretas no Espaço Lusófono é uma organização de Moz Slam e Batalha do Pedregal, o projeto nasceu na periferia de Campina Grande – Paraíba, com o apoio da organização de poetas de Moçambique. Além do apoio da FURNE, Fundação Espaço Cultural Paraíba, Teatro Severino Cabral, Projeto Enegrecida, Museu de Cultura Contemporânea Assis Chateaubriand.

Serviço:

Festival Slam das Pretas no Espaço Lusófono
Datas: 11, 12 e 13 de março
Horário: 20h às 22h
Local:
Canal do Slam das Pretas no Youtube

Bastidores do FP

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